
Microcefalia
- 08/02/2019
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A microcefalia é uma malformação congênita em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Essa malformação pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como substâncias químicas e infecciosas, além de bactérias, vírus e radiação.
Quando apresenta fatores genéticos, ela é chamada de microcefalia genética; quando possui outros fatores desencadeantes, é chamada de microcefalia ambiental ou externa.
As causas da microcefalia congênita são: drogas, agentes infecciosos, diabetes, HIV, desnutrição, hipotireoidismo e exposições a elementos radioativos.
As causas da microcefalia adquirida ou pós-natal são: encefalite, meningite, exposição à radiação, metabolismo malformado, insuficiência renal, AVC, síndromes como a de Rett e a síndrome de Down.
A alteração pode ser percebida ainda nas primeiras horas de vida por meio da medida do perímetro cefálico (medida da cabeça), que no caso dos recém-nascidos é maior do que 32 cm.S
Os sintomas variam e incluem deficiência intelectual e atraso de fala. Em casos graves, pode haver convulsões e funcionalidade muscular anormal.
A criança com microcefalia pode apresentar:
- Déficit intelectual
- Atraso nas funções motoras e de fala
- Nanismo ou baixa estatura
- Hiperatividade
- Epilepsia
- Dificuldades de coordenação e equilíbrio
- Alterações neurológicas.
É possível detectar a microcefalia no pré-natal?
Sim. As gestantes deverão manter toda a rotina do pré-natal (exames, avaliação clínica e orientações de rotina) além de verificar a medida do perímetro cefálico do feto no exame ultrassom. No entanto, toda gestante com diagnóstico ultrassonográfico de microcefalia fetal intraútero deverá ser considerada como gestação de alto risco.
Qual o tratamento para microcefalia?
Como não há tratamento específico para a microcefalia, o Sistema Único da Saúde (SUS) dispõe de ações de suporte que podem auxiliar no desenvolvimento do bebê e da criança.
Como cada criança desenvolve complicações diferentes entre elas respiratórias, neurológicas e motoras o acompanhamento por diferentes especialistas vai depender de suas funções que ficarem comprometidas. Estão disponíveis no SUS serviços de atenção básica, especializados de reabilitação, exame e diagnóstico e serviços hospitalares, além de órteses e próteses aos casos em que se aplicar.
Neste momento, qual é a recomendação para as gestantes?
- Fazer acompanhamento com consultas de pré-natal, realizando todos os exames recomendados pelo seu médico;
- Não consumir bebida alcoólica ou qualquer tipo de droga;
- Não utilizar medicamentos, principalmente controlados (antidepressivos, anticonvulsivantes e ansiolíticos) sem a orientação médica;
- Evitar contatos com pessoas com febre, rash cutâneo ou infecções;
- Se houver qualquer alteração no estado de saúde da mulher, principalmente até o 4º mês de gestação, comunique o fato ao profissional de saúde para as devidas providências no acompanhamento da gestação;
- Adotar medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doenças (Aedes aegypti), eliminando os criadouros (retirada de recipientes que tenham água parada e cobertura adequada de locais de armazenamento de água);
- Adotar medidas de proteção contra mosquitos com manutenção de portas e janelas fechadas ou utilizar redes de proteção, usar calça comprida e camisa de manga longa e utilizar repelentes indicados para gestantes (ex. Icaridina exposis, DEET adulto 15% e IR3535).
Fonte:
Ministério da Saúde. Microcefalia. Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/microcefalia. Acesso em 08/02/2019.