
Prevenção para o VSR (Palivizumabe)
- 02/02/2019
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O palivizumabe não é uma vacina, e sim uma imunoglobulina – um tipo de anticorpo “pronto” que induz imunização passiva específica contra o vírus sincicial respiratório (VSR).
A imunização previne formas graves de infecção pelo vírus sincicial respiratório entre lactentes e crianças menores de 2 anos de idade, conforme protocolo de uso elaborado pelo Ministério da Saúde ( PORTARIA CONJUNTA Nº 23, DE 3 DE OUTUBRO DE 2018).
O vírus VSR é um dos principais microrganismos que acometem o trato respiratório inferior entre lactentes e crianças do subgrupo de alto risco para internações ou complicações, como por exemplo, bronquiolites e pneumonias durante os períodos de sazonalidade ( maior circulação do VSR).
Quais são os critérios para receber o palivizumabe?
O seguinte grupo de crianças tem indicação imunoprofilaxia:
A- Crianças prematuras nascidas com idade gestacional ≤ 28 semanas (até 28 semanas e 6 dias) com idade inferior a 1 ano (até 11 meses e 29 dias).
B- Crianças com idade inferior a 2 anos (até 1 ano, 11 meses e 29 dias) com doença pulmonar crônica da prematuridade, displasia broncopulmonar.
C- Crianças com idade inferior a 2 anos (até 1 ano, 11 meses e 29 dias) com doença cardíaca congênita com repercussão hemodinâmica demonstrada.
Quando devo imunizar o bebê?
No período de sazonalidade. No Brasil, observa-se a circulação durante todo o ano, mas com elevações entre os meses de maio até agosto, porém a atividade do vírus pode começar antes em determinadas regiões. A primeira dose deve ser administrada um mês antes do início do período de sazonalidade do VSR.
Sazonalidade do vírus sincicial respiratório (VSR) e Períodos de aplicação do palivizumabe no Brasil, por regiões geográficas.
REGIÃO | SAZONALIDADE | PERÍODO DE APLICAÇÃO |
NORTE | Fevereiro a Junho | Janeiro a Junho |
NORDESTE | Março a Julho | Fevereiro a Julho |
CENTRO-OESTE | Março a Julho | Fevereiro a Julho |
SUDESTE | Março a Julho | Fevereiro a Julho |
SUL | Abril a Agosto | Março a Agosto |
IMPORTANTE SABER! A indicação da administração de palivizumabe é de acordo com os critérios estabelecidos pelo protocolo é de inteira responsabilidade do médico que acompanha a criança.
Como prevenir o vírus VSR?
– Higienizar as mãos antes e após contato com pacientes.
– Limitar o contato com pessoas infectadas.
– Intensificar os cuidados de higiene pessoal.
– Orientar os familiares quanto à importância da higienização correta das mãos.
– Fazer desinfecção das superfícies expostas às secreções corporais.
– Isolar pacientes hospitalizados com suspeita de infecção por VSR.
– Cuidados com pacientes que fazem parte dos grupos de risco.
– Evitar locais com aglomeração de pessoas, inclusive creches, nos meses de maior incidência da doença.
– Evitar exposição passiva ao fumo dos pais e familiares.
– Vacinar contra Influenza crianças a partir dos 6 meses de vida até 2 anos de acordo com o Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde.
A administração de palivizumabe deverá ser feita em recém nascidos ou crianças que preenche um dos critérios de inclusão. O número total de doses por criança dependerá do mês de início das aplicações, variando, assim, de 1 a 5 doses, não se aplicando após o período de sazonalidade do VSR.
Como solicitar o Palivizumabe?
A solicitação do palivizumabe será feita mediante o preenchimento, pelo médico assistente, de formulário específico. Devidamente preenchido, assinado e carimbado pelo médico, este formulário deverá ser entregue nos locais definidos dos Departamentos Regionais de Saúde.
A solicitação do medicamento será posteriormente avaliada pelo Grupo Técnico da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. É possível encontrar mais informações em: Nota Técnica Conjunta nº 05/2015 – CGSAM/DAPES/SAS/MS, CGAFME/DAF/SCTIE/MS e CGDT/DEVIT/SVS/MS
Os nossos enfermeiros estão disponíveis para esclarecer todas as dúvidas.
Fonte:
BRASIL. Ministério da Saúde. PORTARIA CONJUNTA Nº 23, DE 3 DE OUTUBRO DE 2018. Disponível em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/outubro/10/Portaria-Conjunta-n23-.outubro.2018.pdf. Acesso em 02/02/2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. PORTARIA Nº 522, DE 13 DE MAIO DE 2013. Disponivel em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2013/prt0522_13_05_2013.html. Acesso em 02/02/2019.
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